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olharevora

Um olhar crítico/construtivo sobre a cidade de Évora

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Deputados socialistas por Beja não querem a luta pelo Intercidades nas eleições presidenciais

20.01.11 | barak

A realização de uma boicote às eleições presidenciais do próximo domingo no concelho de Beja, como forma de luta contra o fim das ligações do comboio Intercidades à capital baixo alentejana, não colhe o apoio dos dois deputados socialistas, pelo círculo de Beja, Luís Pita Ameixa e Conceição Casa Nova.

 

Os dois eleitos salientam através de comunicado que “este assunto não deve ser confundido com outras matérias políticas” como o acto eleitoral para a escolha do Presidente da República, frisando que o mesmo “deve decorrer de acordo com as regras democráticas da participação cívica e política”.

Mesmo assim, os deputados socialistas “saúdam todas as iniciativas da sociedade civil” por considerarem que as mesmas “ajudam e complementam a actividade que desenvolvem no mesmo sentido”.

Ao mesmo tempo relembram o papel que desempenharam para garantir o processo de modernização da linha ferroviária do Alentejo e “continuarão” a fazê-lo para que sejam assegurados os parâmetros de “qualidade, segurança, maior número de horários disponíveis”.

Neste sentido recordam que em Maio de 2010 “intervieram” junto do Governo quanto às obras na linha e às condições de serviço para Beja.

Os investimentos feitos na linha do Alentejo, acentuam, “são relevantes a vários títulos” destacando as obras já realizadas que ascendem “a mais de 48 milhões de euros”, numa altura em que a REFER “cortou fortemente” os seus investimentos afectando a linha do Norte e outros casos, “caindo o seu plano de investimentos” de 800 para 200 milhões de euros. Contudo a linha do Alentejo “manteve o investimento” realçam os deputados socialistas, salientando a importância económica para o País da ligação Sines – Espanha.

Assim, dos 200 quilómetros de linha entre Beja e Lisboa, “só 63 quilómetros ainda não ficam electrificados”, precisamente os que medeiam entre Casa Branca e Beja.

Quanto à substituição de máquinas a gasóleo por eléctricas, os deputados socialistas salientam que “é muito importante para o ambiente e para o combate à poluição”, e também “para aumentar a velocidade e também para melhorar o conforto, nomeadamente em termos de ruído”.

Mas nas orientações já assumidas pela CP para a linha do Alentejo, no troço que liga Casa Branca a Beja, a manter-se a decisão de pôr fim ao Intercidades, os clientes da CP em Beja passarão a ter de deslocar-se ded e para Casa Branca, numa automotora diesel dos anos 40 do século XX. E só nesta localidade é que poderão apanhar o Intercidades que faz o percurso entre Évora e Lisboa, cuja frequência vai ser aumentada.

Aumentam o número de comboios entre Évora e Lisboa (cinco diários em cada sentido), mas este serviço passará a ser prestado por comboios mais antigos e menos confortáveis.

O eleitos socialistas terminam o seu comunicado lembrando que “tem havido” acompanhamento e diálogo, com as autarquias mais directamente abrangidas pelas alterações que vão ser introduzidas na linha do Alentejo, e comprometem-se a “continuar a acompanhar de perto”, de modo a “defenderem os interesses” do distrito de Beja da forma “mais racional e empenhada”.