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olharevora

Um olhar crítico/construtivo sobre a cidade de Évora

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Um olhar crítico/construtivo sobre a cidade de Évora

Colisão mata dois

30.04.11 | barak

Uma noite de boémia acabou ontem em tragédia para dois dos cinco amigos que viajavam numa viatura ligeira entre Redondo e Évora. Pedro Costelas, 24 anos, teve morte imediata, ao ficar decapitado na sequência de um brutal choque lateral com outro veículo. Rafael Silva, 21 anos, morreu a caminho do hospital. Os outros três ficaram feridos, bem como a condutora do outro veículo.

 

 

O sinistro ocorreu pelas 09h22 na EN254. O grupo de rapazes, que tinha estado a divertir-se em Évora durante a madrugada, decidiu ir tomar o pequeno-almoço ao Redondo. Segundo testemunhas locais, os jovens abandonaram um estabelecimento sem pagar a conta - que incluía várias cervejas - e partiu em alta velocidade no Opel Corsa em direcção a Évora.

"Ainda os vi a contornar a rotunda à saída da vila em duas rodas e quase que bateram num cruzeiro. Encontrei-os poucos quilómetros depois já num cenário horrível", referiu Luís Costela, funcionário dos reboques Serrano, um dos primeiros a deparar-se com o acidente. Este homem, que chamou o socorro, relatou depois o que viu no local. "As peças dos carros ainda rebolavam no alcatrão. Estavam dois rapazes no chão e um outro decapitado numa valeta, a cerca de 20 metros dos carros. A cabeça estava aos pés da condutora do outro carro [Renault Clio]. A jovem estava em choque", disse.

Segundo a GNR, a sinistrada não conseguiu evitar a colisão lateral com o carro dos jovens, que já vinha em despiste e em contramão.

A condutora, Teresa Santos, enfermeira no Hospital de Évora, seguia para casa, no Redondo, depois de fazer o turno da noite. Fracturou um dedo e já teve alta. O condutor do outro veículo, Fábio, bem como o outros dois amigos, ambos feridos graves, abandonaram também o hospital durante a tarde.

Aviação: Fábricas da Embraer em Évora podem fomentar parcerias entre empresas portuguesas e da Andaluzia (Espanha)

29.04.11 | barak

Évora, 27 abr (Lusa) -- O investimento da Embraer em Évora, com a construção de duas fábricas, vai desenvolver o setor aeronáutico em Portugal e abrir oportunidades para parcerias neste setor entre empresas portuguesas e da Andaluzia (Espanha), garantiu hoje um responsável espanhol.

"Este setor está a crescer em Espanha, mas vai crescer também em Portugal", afiançou à Agência Lusa Manuel Cruz Ballesteros, diretor da Fundação Hélice, que representa o "cluster" aeronáutico da Andaluzia.

À margem de um encontro em Évora, que juntou empresas daquela região espanhola e de Portugal ligadas ao setor aeronáutico, o responsável realçou a importância do projeto da construtora brasileira Embraer na cidade alentejana.

Livros: Câmara de Évora abre livraria municipal com mais de 120 publicações

29.04.11 | barak

Mais de 120 publicações editadas ou apoiadas pela Câmara de Évorae outros objetos do município, como medalhas comemorativas, postais e CD’s, vão passar a estar à venda, a partir de segunda-feira, na Livraria Municipal.

O novo espaço, a inaugurar hoje, que só abre ao público na próxima semana, integra o Núcleo de Documentação da autarquia e vai funcionar no rés do chão do edifício dos Paços do Concelho, em pleno centro histórico de Évora.
“As nossas publicações estão à venda no posto de turismo, mas aquele serviço não tem a capacidade de armazenamento que tem o Núcleo de Documentação”, explicou hoje a vereadora da Cultura, Cláudia Sousa Pereira.
De acordo com a autarca, este núcleo “já efetuava atendimento ao público, prestando aconselhamento e orientação na pesquisa de documentação”, sendo “muito usado por investigadores e por pessoas de fora que procuram informação sobre o concelho e a cidade”.
Por isso, acrescentou, para criação da Livraria Municipal, “foi só aproveitar a reorganização do espaço”. O Núcleo de Documentação é uma biblioteca especializada em História e Património Locais e um centro de apoio à investigação, a nível interno e externo ao município.
Além disso, é também responsável pela edição de algumas publicações da autarquia, como é o caso do Boletim Cultural “A Cidade de Évora”.
Na nova Livraria Municipal, a par da venda de livros, vai também ser possível adquirir outros objetos do município, como postais, medalhas comemorativas, CD’s e DVD’s.
Tanto uns como outros, segundo o município, vão passar a estar disponíveis para visualização na página de Internet da autarquia.
O Núcleo de Documentação vai ainda aproveitar a cerimónia de inauguração da livraria para apresentar o novo projeto “Gira-Livros”, que consiste na receção e oferta de livros à população.
“Ao longo destes anos, foram feitas muitas doações de livros, por isso, o núcleo entendeu disponibilizar, gratuitamente, um serviço de banco de livros, que funcionará no espaço da livraria”, adiantou Cláudia Sousa Pereira.
O Núcleo de Documentação aceita doações de livros, particulares ou de outra natureza, de volumes individuais ou coleções, e procede ao seu acondicionamento e posterior oferta de forma gratuita.
“São aceites todos os géneros e temas de livros que ainda estejam em bom estado de conservação, excetuando manuais escolares”, explicou a vereadora.

Reabre troço na Linha do Alentejo

29.04.11 | barak

O troço ferroviário Bombel - Casa Branca - Évora, na Linha do Alentejo, encerrado para obras de modernização e electrificação desde 1 de Maio de 2010, vai reabrir a 23 de Julho, anunciou, esta quinta-feira, a Rede Ferroviária Nacional (REFER).

"As obras de modernização do Troço Bombel - Casa Branca - Évora, na Linha do Alentejo, entraram na sua fase final, prevendo-se a reabertura à circulação ferroviária no próximo dia 23 de Julho", indicou a REFER num comunicado.

De acordo com a empresa, as obras em curso compreendem uma "reabilitação profunda da plataforma ferroviária nos cerca de 37 quilómetros de via entre Bombel e Casa Branca e a electrificação de todo o traçado até Évora".

A REFER indicou também que a instalação de novos sistemas de sinalização electrónica e de controlo de velocidade viabiliza "a prática de velocidades da ordem dos 190/200 quilómetros por hora", o que permite uma redução do tempo de percurso entre Lisboa e Évora de cerca de 20 minutos.

As obras naquele troço representam um investimento de 48,4 milhões de euros e deveriam terminar no sábado, mas estão atrasadas devido ao mau tempo que se verificou desde Outubro.

Nissan: Boutigest alarga área de actuação a Beja

29.04.11 | barak

Nascida em Junho de 2010, em resultado da congregação dos concessionários Nissan Bouticauto (Elvas) e Gestauto (Évora), a Boutigest Mobilidade Automóvel,S.A. passou a gerir também a comercialização da marca Nissan na área geográfica de Beja.

A Boutigest investiu nesta nova representação cerca de 700 mil euros, numa estratégia clara de tirar partido da actual conjuntura para se posicionar desde já para a retoma que seguramente se seguirá.

Sedeada em Beja – onde estão centralizadas as funções comerciais, administrativas, e após venda, integra um total de dez postos de trabalho, a juntar aos 16 já existentes em Elvas e 18 em Évora.

Dois mortos e quatro feridos graves no Redondo

29.04.11 | barak

Duas pessoa morreram e outras quatro ficaram feridas, quatro delas com gravidade, numa colisão entre dois automóveis, acidente ocorrido na Estrada Nacional 254, perto de Redondo, em Évora.

O acidente aconteceu esta manhã, na estrada que liga Évora ao Redondo. As vítimas foram transportadas para o Hospital de Évora, sendo que a EN 254 esteve cortada ao trânsito.

No local, além da GNR, estiveram 24 bombeiros das corporações de Évora, Redondo e Alandroal, apoiados por oito viaturas.

Doze distritos em alerta amarelo

29.04.11 | barak

O aviso amarelo, o segundo menos grave de uma escala de quatro, é válido para os distritos de Faro, Beja, Évora, Setúbal, Portalegre, Lisboa, Santarém, Castelo Branco, Guarda, Leiria, Coimbra e Viseu até às 23:59 de hoje.

Para o centro e sul de Portugal continental, o Instituto de Meteorologia prevê a ocorrência de aguaceiros por vezes fortes que poderão ser acompanhados de trovoada e queda de granizo. Prevê-se ainda uma descida da temperatura máxima.

A cidade de Lisboa vai chegar aos 22 graus Célsius, enquanto que o Porto e Faro registarão 21ºC.

Comboios: Mau tempo atrasou obras na Linha do Alentejo - REFER

27.04.11 | barak

As obras de modernização e eletrificação do troço Bombel-Casa Branca-Évora, na Linha do Alentejo, estão atrasadas por causa do mau tempo, não existindo ainda uma data para a reabertura daquele troço.

Segundo a REFER as condições atmosféricas adversas que se verificaram durante alguns meses, após outubro de 2010, provocaram um atraso no andamento das empreitadas gerais.

A mesma fonte adiantou que a calendarização da parte final das obras está ainda a ser objeto de uma última avaliação, pelo que a data de fecho dos trabalhos será divulgada proximamente.

O troço Bombel-Casa Branca-Évora, com uma extensão de 32 quilómetros,  está encerrado desde 01 de maio de 2010 para a realização das obras de eletrificação, renovação das vias, beneficiação de estações e construção de passagens desniveladas, num investimento de 48,4 milhões de euros.

O serviço ferroviário Intercidades da Linha do Alentejo foi suspenso por causa das obras, que deveriam estar concluídas no próximo sábado. 

Évora: Entrega de habitação social a 29 famílias carenciadas assinala Revolução dos Cravos

26.04.11 | barak

Após 40 anos a morarem numa casa que mais se assemelha a “uma barraca”, Lucinda dos Santos e o marido foram um dos 29 agregados familiares de Évoracontemplados hoje pelo município com habitação social.

“Esta [casa] é muito melhor, tem outras condições. Quer dizer que vou ter uma vida nova, praticamente”, congratulou-se à Agência Lusa Lucinda dos Santos, de 62 anos, acompanhada pelo marido e de cravo vermelho na mão.
Esta foi uma das famílias presentes na cerimónia de celebração de contratos de arrendamento social realizada pela empresa municipal Habévora, no salão nobre dos Paços do Concelho, no âmbito das comemorações do 37.º aniversário do 25 de Abril.
A sessão abrangeu 29 agregados familiares, num conjunto de 84 habitantes, sendo que 16 dos contratos foram novos arrendamentos com agregados familiares “muito carenciados”, que viviam “em situação extremamente degradante”.
Das outras situações, seis visaram a regularização de agregados familiares que viviam em “precariedade e insegurança” e as restantes sete resultaram de permutas entre agregados familiares, para resolver “problemas graves de saúde, sobrelotação e sublocação”.
A satisfação foi visível nos rostos das famílias abrangidas, nomeadamente no de Lucinda, que vivia “numa casa que é praticamente uma barraca”.
“Eu pedi umas ‘casinhas’ porque me chovia em casa, bastante. Era como se fosse na rua”, relatou, explicando que a renda era “baratíssima”, de cinco euros, mas mais era impossível porque “aquilo está tudo podre”.
A renda da nova casa é um pouco mais elevada, mas não ultrapassa os 35 euros devido às “reformas pequeninas” que ela e o marido recebem: “É uma ajuda muito grande que me estão a dar”.
Para o vice-presidente do Município de Évora e presidente da Habévora, Manuel Melgão, a atribuição de habitação social por ocasião das comemorações do 25 de Abril, habitual há vários anos, é a forma indicada de celebrar a Revolução dos Cravos.
“É uma forma de podermos cumprir abril. Fala-se muito das conquistas sociais e a habitação condigna, consagrada na Constituição, encaixa perfeitamente no espírito do dia de hoje”, disse.
E, disse Manuel Melgão, há novos projetos na calha, como uma urbanização a custos controlados em construção na cidade, com um total de 118 fogos, dos quais a Habévora vai ficar com 30 para colocar no mercado de arrendamento.
O objetivo, realçou, é “dar mais uma ajuda para este flagelo que é a grande procura de habitação social, uma vez que, os tempos de crise também acentuam estas situações”.

Montar a tenda

21.04.11 | barak

E por falar em caravana... Encontrámos muitas, no Rossio, em Évora. O circo Mundial chegou à cidade. Rui e Ruben Mariani apresentam-nos a sua "casa"

Pedro Dias de Almeida (texto) e Marcos Borga (fotos)
13:49 Quinta feira, 21 de Abr de 2011
 
Montar a tenda

Há frases insólitas, que não esperamos ouvir, e é com esses imprevistos que se tece uma boa parte do prazer da viagem, das pequenas e grandes descobertas. "Eu é que sou o homem-bala", diz-nos Ruben, 27 anos, como se a nossa conversa nocturna, no amplo terreiro do Rossio, em Évora, não pudesse continuar sem que essa informação fosse partilhada. "E também faço o número do hipopótamo." O hipopótamo, que teríamos oportunidade de cumprimentar "é francês", chama-se Tutor e pesa duas toneladas.

"Eu é que sou o homem bala". Mais do que insólita, é uma frase que não temos muitas probabilidades de ouvir na nossa vida, já que, explica-nos Ruben, hoje só há quatro pessoas no mundo inteiro a fazerem este clássico número circense, e ele foi o primeiro (e único) português a apostar nesse voo alucinante - disparado a 200 quilómetros por hora, como se pode ler numa das carrinhas. Inspirado por um norte-americano que trabalhava neste mesmo Circo Mundial há uns anos, Ruben, que era trapezista, começou a preparar em 2007, com um amigo que tem uma empresa de material para bombeiros, um canhão de compressão hidráulica ao seu tamanho. Um canhão personalizado, pode dizer-se. O único truque, diz, é não perder a noção do espaço enquanto sobe, veloz, 15 metros no ar, disparado de uma ponta à outra da tenda do circo, 30 metros. Mas há um ano, no Redondo, o voo não correu bem, Ruben feriu-se num pé quando aterrou na rede e teve que sair de ambulância. Mesmo em recuperação, e contra todos os conselhos médicos, não desistiu do número do homem bala., uma das mais fortes apostas atuais do Circo Mundial, fundado em 1994 pelo seu pai, Rui Mariani.     

Ontem, quarta-feira, 20, não foi um bom dia para o circo. À tarde, quando a caravana de 22 camiões coloridos e mais veículos seguia de Borba para Évora, a estrada molhada fez despistar, e capotar, uma carrinha com atrelado. Ninguém se magoou, mas a Ford Transit ficou irrecuperável. Quase à meia-noite não é isso que tira o sorriso franco a Rui Mariani, 56 anos, orgulhoso a apresentar o grande circo. À nossa volta,  ergue-se a tenda, em gestos repetidos várias vezes por semana. Com a crise, explica-nos Rui, é cada vez mais frequente fazerem sessões únicas, de um só dia, durante a semana, como tinha acontecido na véspera em Borba. Fala-nos da responsabilidade - são 40 pessoas, oito famílias com 14 crianças, em permanência no Circo Mundial -, e também de como se sente privilegiado por manter a tradição familiar (com as origens italianas denunciadas pelo apelido). "Sim, é um privilégio", diz, "trabalho aqui com os meus três filhos, a minha mulher, estamos sempre juntos; isso não é muito comum nas famílias hoje, pois não?". E a ideia de "família", ali, ultrapassa a união dos graus de parentesco. "Está a ver aquele rapaz?". É um homem pequeno, de bigode, com uma coreografia de movimentos circulares perfeitos a martelar, ritmadamente, um gigantesco prego no chão de terra do Rossio. "Já anda comigo, a trabalhar, há 32 anos!". Rui não resiste a desfiar algumas memórias, do tempo em que, com os dois irmãos, era trapezista - "os primeiros trapezistas voadores portugueses!". Percorreu muitos países africanos, sempre com o circo atrás. Em 1974, soube do 25 de abril algures em Angola, poucos dias depois seguiu para Moçambique... Este 25 de abril, de 2011, vai ser o da última apresentação aqui em Évora. Depois, a viagem continua, o Circo não pára. 

Olho em redor. O cenário é quase irreal, para não dizer surreal, e muito cinematográfico. O espaço é amplo, a luz não é muita, os charcos de água no chão refletem as cores dos camiões, dos reboques, dos letreiros... Silêncio. Ao pé de mim, um enorme atrelado move-se sincopadamente sobre os pneus - lá dentro estão sete tigres, que caminham calmamente, possantes. Mais à frente, duas lamas curiosas, cavalos, póneis, um contentor frigorífico cheio de carne fresca para os animais, um camião que anuncia o "transporte de serpentes e crocodilos", o pachorrento Tutor... E roulotes gigantescas, caravanas que são casas, com todas as comodidades. Penso na nossa Caravana VISÃO, claro. De repente, já não me parece tão grande e difícil de manobrar em estradas e ruas apertadas. Esperamos ir buscá-la, em breve, à oficina. Depois? Depois, a viagem continua, a Caravana VISÃO não pára.

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