As famílias desafiadas a mudar de vida e a trocarem os grandes centros urbanos por regiões onde, por falta de recursos humanos, podem fazer a diferença, já estão a pensar fazer as malas para partir, embora a partida esteja atrasada.
O projecto foi apresentado no passado mês de Março. Por esta altura, as famílias escolhidas já deviam estar a fazer as malas, mas isso só vai acontecer no início do próximo ano, sendo que as primeiras vão ter o Alentejo como destino.
Évora vai ser o primeiro município a receber os novos povoadores, mas eles só devem chegar no início de 2010.
Ao todo, das 310 familias inscritas apenas 29 chegaram à última fase. Agora, são as autarquias que estão em falta.
Frederico Lucas, do projecto Novos Povoadores, admite que as eleições autárquicas marcadas para 11 de Outubro, atrasaram alguns processos, mas encontra outras explicações.
«A minha explicação é que se trata de um contrato atípico para os municipes e depois há uma questão de Vila do Rei, um exemplo que não correu bem, mas que leva os vereadores a terem dificuldade em compreender a este projecto de introdução de massa crítica em territórios de baixa densidade», explica.
Évora, Marvão e Idanha-a-Nova vão ser os três pioneiros neste projecto que interessou sobretudo residentes na Grande Lisboa e Porto.
Os novos povoadores têm um perfil bem definido. São os jovens qualificados que querem povoar o interior do país, pretendem ter mais um filho ou iniciar um projecto de vida. Em média têm 35 anos de idade.