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olharevora

Um olhar crítico/construtivo sobre a cidade de Évora

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Requalificação do IP8 e IP2 foi anunciado para Julho mas ainda não começou

03.09.14 | barak

No final de Maio e na sequência das negociações entre a Sociedade Portuguesa de Exploração Rodoviária (SPER), que detém a subconcessão rodoviária do Baixo Alentejo, e a concessionária Estradas de Portugal (EP) foi anunciado que “algumas obras” que estão paradas desde 2011 seriam retomadas em Julho.

Aproxima-se o final de Agosto e a garantia dada não está a ser cumprida. O PÚBLICO percorreu os traçados do IP8 entre Santa Margarida do Sado e Beja e do IP2 entre Castro Verde e São Manços/Évora e não observou qualquer movimento de máquinas ou a presença de quaisquer trabalhadores.

No caso do troço do IP8 entre Vila Nova de Santo André e Sines, o presidente da Câmara de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha, queixou-se recentemente das “parcas” condições de segurança de um conjunto de infra-estruturas que estão “abandonadas e a degradarem-se” na estrada onde as obras foram suspensas e do “elevado tráfego diário” que se verifica na via que está em serviço.

As preocupações acerca das condições de segurança são igualmente partilhadas pelo presidente da Câmara de Castro Verde, Francisco Duarte. O autarca salienta que as estradas existentes “não têm condições de circulação normal”. E deixa um alerta: se as obras no pavimento do IP2 não arrancarem rapidamente e se o próximo inverno for rigoroso, a estrada actual “torna-se intransitável”.

O deputado do PCP João Ramos reforça as críticas dos autarcas lembrando que, em Março de 2013, representantes da EP assumiram perante a Comissão de Economia e Obras Públicas da Assembleia da República que, até ao final desse mês, as autarquias da região e a Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo “teriam um acordo de renegociação da concessão com a subconcessionária e haveria condições de avançar com as obras”. 

Uma garantia semelhante foi dada em Maio deste ano, mas o arranque dos trabalhos “ está por concretizar” disse ao PÚBLICO o deputado comunista, revelando que já endereçou à presidente da Assembleia da República um requerimento em que pergunta ao Governo para “quando está prevista a conclusão dos diferentes troços”.

Em resposta a perguntas do PÚBLICO, a EP, sem indicar qualquer data para o reinício dos trabalhos, diz que o “novo acordo” com a SPER estabelece que os pagamentos a fazer à subconcessionária ao longo de um período de 25 anos terão “início apenas em 2015 e após a conclusão das obras”. 

A EP acrescenta que “tudo tem sido feito” para que o projecto, “agora mais adequado à realidade e necessidades da região e do país, seja concretizado” permitindo “poupanças estimadas, a preços correntes de 944 milhões de euros, cerca de 50% do total previsto” para a requalificação dos traçados do IP8 e IP2.