João Oliveira está preocupado com um eventual atraso na construção do novo Hospital Central de Évora. O deputado comunista alega que a infraestrutura não tem qualquer referência no Orçamento do Estado para este ano. “O facto de não estar prevista qualquer transferência do OE para a subscrição do capital social do hospital EPE para efeitos de construção da nova infraestrutura levanta uma preocupação pela incerteza que gera em relação à sua concretização”, afirmou João Oliveira, em conferência de imprensa. O parlamentar do PCP acusou o Governo de retirar o investimento no novo Hospital de Évora do OE para a não contabilização para efeitos de défice orçamental, para depois deixá-lo à completa discricionariedade das alterações por resoluções do Conselho de Ministro. “Com este Governo já é prática a sonegação destes investimentos, particularmente em relação ao Hospital de Évora”, disse João Oliveira, adiantando que “já é, pelo menos, o terceiro ano consecutivo que tal situação ocorre”. “Há três anos, o Governo decidiu retirar do OE a previsão de investimento relativamente a construção do Hospital de Évora e, poucos meses depois, aquilo que tínhamos era um resolução do Conselho de Ministros a adiar em cinco anos as perspetivas de concretização deste investimento”, disse. Sobre o PIDDAC para este ano, o deputado considerou que “é particularmente penalizador no distrito de Évora e no Alentejo, tendo em conta os cortes no investimento público”. “O investimento previsto no Alentejo reduz-se, em relação ao total nacional, de 9,8 para 3,1 por cento. No distrito de Évora, o corte chega aos 35 por cento, passando de 1,4 por cento, do total nacional, para 0,48”, sustentou João Oliveira. De acordo com João Oliveira, quatro concelhos do distrito de Évora não têm qualquer verba prevista no PIDDAC (Mora, Reguengos de Monsaraz, Vendas Novas e Viana do Alentejo), sendo que Mora não tem um único euro previsto em sede de PIDDAC, pelo quarto ano consecutivo.
in Diana FM