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olharevora

Um olhar crítico/construtivo sobre a cidade de Évora

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Um olhar crítico/construtivo sobre a cidade de Évora

“O crime está a matar Setúbal”

31.03.09 | barak

Medo. "De ser assaltado", "esfaqueado", "de ter uma arma apontada à cabeça". "De ser agredido", "de perder o carro". "De ser morto." Este é o sentimento que domina uma cidade inteira: Setúbal. A mesma onde se registou 38 532 crimes em 2008, a mesma onde a simples aproximação de dois homens que querem fazer uma pergunta – a equipa que realizou esta reportagem – causa temor. A desconfiança é permanente. Na Baixa, zona nobre por excelência, ainda é pior. Lojas e cafés fecham cada vez mais cedo. E nem a presença dos reforços do Corpo de Intervenção da PSP traz alguma tranquilidade face à onda de criminalidade que assusta a cidade.

 

É este o caso de Fernanda Correia, mulher do ourives assassinado em Agosto do ano passado durante um assalto. Vive 'sempre trancada', a apenas cem metros da Câmara Municipal, onde param as carrinhas da polícia. Reabriu a Jóias do Bocage 'depois de ter colocado grades na porta e tirado o ouro da loja'. A venda deu lugar ao 'arranjo de relógios, fios e pulseiras'. O atendimento é feito através do pequeno postigo. A ourivesaria está aberta, mas a porta fechada. O negócio quase acabou. 'Por medo.'

A poucos metros, uma loja de brinquedos, assaltada 'há coisa de uma semana'. O dono não quer a identidade divulgada mas enumera os problemas de segurança da cidade. Demora a terminar, tal é a dimensão da lista. Acaba a lamentar o potencial que a cidade tinha e que entretanto se perdeu. 'E as consequências para o negócio.'

'Até o tipo de casas que as pessoas compram mudou no último ano. Já ninguém quer viver isolado numa vivenda', diz Fernando Trovão, um promotor imobiliário, alvo em 2008 de um carjacking à porta da casa de José Mourinho. 'A cidade é perigosa e a violência gratuita. Setúbal tinha tudo para ser um sucesso. Mas o crime está a matar a cidade', lamenta.

PAGAR PELA SEGURANÇA

Se na Baixa de Setúbal os estabelecimentos comerciais fecham cada vez mais cedo, junto às docas há quem opte por pagar à PSP para manter a porta aberta. Vítimas de um assalto à mão armada a 7 de Fevereiro, os proprietários do Pancada do Mar já instalaram um sistema de videovigilância no café, mas 'como nem isso resulta', fizeram

o pedido à PSP para ter um agente à porta. 'Estamos à espera de resposta. Não sei se será solução, mas depois daquele assalto, ceguei', relata Isabel Trindade. 'Antes levava uma vida normal. Agora estou sempre desconfiada das pessoas que entram no café. E até em casa sinto medo ao mais pequeno barulho', confessa.

'JÁ TODOS FOMOS ASSALTADOS'

Ao volante das centenas de táxis que circulam diariamente em Setúbal também se vive o medo. 'A cidade é super insegura. Acontecem assaltos constantemente. Garanto--lhe que não há um colega que não tenha sido assaltado', diz Alberto Lopes, na praça há mais de 20 anos. 'Em Abril faz um ano que fui eu a vítima. Na mesma noite ‘fizeram’ outro colega', garante. O testemunho é quase repetido por Júlio Sousa, de 36 anos, 12 dos quais como taxista na cidade sadina. A sua vez chegou em Dezembro: 'Encostaram-me uma faca ao pescoço e levaram o dinheiro que tinha feito nesse dia. Agora já não trabalho à noite. E mesmo de dia, por exemplo, se for para o bairro da Bela Vista só paro em frente à esquadra.' Três taxistas depois e concluímos que as história são as mesmas. Varia apenas o dia e o local. 'Enquanto o sentimento de impunidade não acabar, estamos feitos', diz Júlio Sousa. De acordo com os dados oficiais do Ministério da Administração Interna, em 2008 houve 18 alarmes reais de assaltos a taxistas em Setúbal.

'FALTAM MEIOS POLICIAIS EM PERMANÊNCIA': MAria das Dores Meira, Presidente Câmara Setúbal

Correio da Manhã – Considera Setúbal uma cidade segura?

Maria das Dores Meira – Setúbal é uma cidade com níveis de segurança equiparáveis a qualquer outra capital de distrito, mas onde existe manifestamente uma falta de meios policiais em permanência.

– Existe uma onda de criminalidade na cidade?

– É inegável que houve uma aumento da criminalidade, embora, por razões de agenda dos próprios media, a atenção sobre o que aqui se passa tenha redobrado, o que pode criar uma realidade que não corresponde inteiramente ao que se está a passar.

– Concorda com a instalação de um sistema de videovigilância na Baixa da cidade?

– Não. Coloca em causa o direito à privacidade de quem anda nas ruas da Baixa. Depois, além da reduzida eficácia do sistema a responsabilidade de garantir a segurança dos cidadãos é do Estado e das suas forças de segurança.

– Atravessaria, sozinha e a pé, a Baixa da cidade à noite?

– Faço-o quase diariamente.

'LADRÕES DE QUINTAL'

Três brasileiros à conversa num banco da praça do Bocage. Vieram de Minas Gerais. O mais velho há cinco anos. Os outros 'foram chegando'. Um é serralheiro naval, outro soldador e o terceiro trabalha com empilhadores. Negam a presença de grupos organizados em Setúbal, mas admitem que parte da criminalidade é gerada por conterrâneos. 'É gente muito nova. Aquele criminoso inexperiente que nós no Brasil chamamos de pega-galinha, que roubam no quintal dos vizinhos', diz José Santos, 30 anos. 'Esse é o problema. Pega--galinha no Brasil chega a Portugal e passa ser ladrão de primeira categoria', conta José Filho, de 44 anos.

UM ROSTO ENTRE 131 CARJACKINGS

Fernando Trovão, promotor imobiliário, é uma da 131 vítimas de carjacking em 2008 no distrito de Setúbal. Numa manhã de Setembro esperava pelos filhos à porta de casa e foi ameaçado com armas de fogo. O carro levado pelos ladrões foi recuperado no dia seguinte depois de ter sido usado num assalto a uma caixa ATM no Algarve. 'O pior é o sentimento de impotência. Vendi logo o carro e agora uso um carrode serviço, que anda devagar e não chama a atenção de ninguém.'

PORMENORES

OURIVES BALEADO

A PJ de Setúbal terminou esta semana a investigação, tutelada pela 2.ª Secção do Ministério Público local, ao homicídio do ourives José Pereira. Edivaldo Rodrigues, o brasileiro que em Agosto de 2008 abateu o homem com um tiro na cabeça, vai responder por homicídio qualificado.

GANG DO ATM CONTINUA

São cerca de 20 elementos, vivem no bairro da Bela Vista e estão por detrás de centenas de roubos de ATM – já arrecadaram perto de dois milhões de euros. Três foram capturados em 2008, mas os assaltos continuam.

NOTAS

RASI: 38 532 CRIMES

De acordo com o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), em 2008 registaram-se 38 532 crimes no distrito de Setúbal, mais 3,2% do que no ano anterior. Cerca de 700 foram violentos

FARMÁCIA: OUTRO ASSALTO

Anteontem, pelas 19h45, três encapuzados assaltaram a farmácia Cunha Pinheiro, na rua da Camarinha. De arma em punho, acabaram por levar 300 euros da caixa registadora

PSP: O MENOR RÁCIO DO PAÍS

Em Setúbal há um polícia para 400 habitantes. No resto do País há um por cada 200 cidadãos. Em 2008, a PSP de Setúbal herdou mais cem mil habitantes, mas nenhum agente

Lançado concurso da concessão da Alta Velocidade ferroviária entre Lisboa e Poceirão incluindo a travessia do Tejo

31.03.09 | barak

Foi hoje lançado o concurso público internacional para a Concessão do Troço Lisboa-Poceirão, parte integrante da ligação de alta velocidade entre Lisboa e Madrid, que inclui, além de outras infra-estruturas ferroviárias, a Terceira Travessia do Tejo (TTT).

A Concessão é feita por um período de 40 anos e inclui no seu objecto o projecto, a construção, o financiamento, a manutenção e a disponibilização do conjunto das infra-estruturas ferroviárias do Troço Lisboa-Poceirão, em que também se integra a Terceira Travessia do Tejo e o túnel do Barreiro. Na Concessão está igualmente incluída a ligação ferroviária em bitola UIC e bitola ibérica ao Novo Aeroporto de Lisboa, entre o Poceirão e o Campo de Tiro de Alcochete. A Concessão integra ainda a totalidade das estruturas partilhadas entre os modos ferroviário e rodoviário e ainda as infra-estruturas exclusivamente rodoviárias que, pela sua proximidade, deverão ser construídas em simultâneo.

A linha de alta velocidade entre Lisboa e Madrid tem como tempo de percurso objectivo as 2h45m para as ligações directas de passageiros entre as duas capitais, cumprindo-se a ligação entre Évora e Lisboa em 30 minutos. Para assegurar o cumprimento desse objectivo, os 34 km entre Lisboa e o Poceirão serão percorridos em menos de 10,5 minutos. Relativamente à ligação ferroviária ao Novo Aeroporto de Lisboa, será assegurado um tempo de percurso inferior a 23 minutos em serviço Shuttle a partir da Estação do Oriente, bem como uma ligação directa para os passageiros provenientes da linha Porto-Lisboa, quando esta estiver construída.

A construção da TTT e da ligação de alta velocidade entre Lisboa e o Poceirão será iniciada em 2010, prevendo-se a entrada em serviço da linha Lisboa-Madrid em 2013.

Alta velocidade e rede convencional

A infra-estrutura da linha de alta velocidade entre Lisboa e o Poceirão, com uma extensão de 34 km, terá via dupla de bitola UIC, preparada para tráfego misto, e será projectada para velocidades até 200 km/h, na TTT e no túnel do Barreiro, e até 350 km/h, no resto da linha integrada no eixo Lisboa-Madrid. Está associado à infra-estrutura da linha de alta velocidade um parque de material e oficinas (PMO) a localizar entre os concelhos do Barreiro e da Moita.

No que respeita à rede convencional, os cerca de 11 km da ligação entre a Linha de Cintura e a Linha do Alentejo, através da TTT, serão concretizados através de uma via dupla de bitola ibérica, igualmente preparada para tráfego misto. Está também incluída na Concessão uma nova estação da rede convencional a localizar no concelho de Barreiro.

A ligação ao Novo Aeroporto de Lisboa, com sensivelmente 20 km, é composta por duas vias em bitola UIC e outras duas em bitola ibérica, todas elas preparadas para tráfego misto. Esta ligação será projectada para uma velocidade máxima de 200 km/h. A esta ligação está ainda associado um parque de material e oficinas (PMO), destinado ao material circulante para o serviço Shuttle, a localizar junto ao Novo Aeroporto de Lisboa.

Processo de concurso

Os concorrentes terão quatro meses para a preparação das suas propostas iniciais, ao que se seguirá um processo de avaliação e uma fase posterior de negociação com os concorrentes melhor classificados.

Tendo em vista assegurar a melhor preparação dos concorrentes, a RAVE disponibilizou antecipadamente todos os estudos técnicos e informação de base, em formatos trabalháveis, desenvolvidos para os troços a integrar na Concessão.

Aspectos financeiros

A Concessão do Troço Lisboa-Poceirão é a segunda Parceria Público-Privada do projecto de Alta Velocidade em Portugal, cujo modelo de negócio e contratação foi preparado com base em quatro grandes objectivos estratégicos: assegurar a comportabilidade para o Estado português; minimizar os riscos; garantir o cumprimento dos prazos; e assegurar uma boa qualidade de serviço.

Destes, cumpre destacar todo o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido no sentido de garantir uma adequada gestão e mitigação dos riscos do projecto para todas as entidades que nele irão estar envolvidas, em especial para o Estado português.

O investimento global associado à Concessão está avaliado em cerca de 1.928 milhões de euros, verificando-se uma redução de cerca de 350 milhões de euros, face à anterior estimativa.

O investimento subjacente ao Troço Lisboa-Poceirão insere-se num Projecto Prioritário da Rede Transeuropeia de Transportes, de um total de trinta definidos pela Comissão Europeia em 2004. Assim, o troço Lisboa-Poceirão, parte integrante da ligação de alta velocidade entre Lisboa e Madrid, está incluído no Projecto Prioritário n.º 3 (Eixo de Alta Velocidade Ferroviária do Sudoeste Europeu).

Neste contexto, está disponível um montante de fundos comunitários para o Eixo Lisboa-Madrid de aproximadamente 812 milhões de euros, dos quais 241 milhões de euros provenientes do Programa Multianual 2007/2013 da Rede Transeuropeia de Transportes e 570 milhões de euros do Quadro de Referência Estratégico Nacional – Programa Temático Operacional de Valorização do Território (Fundo de Coesão), igualmente para o período 2007/2013. Deste montante global, 171 milhões de euros estão alocados ao Troço Lisboa-Poceirão.

A remuneração da futura concessionária da PPP em apreço será efectuada, essencialmente, com base no nível de performance da mesma (em termos de disponibilidade futura da infra-estrutura ferroviária), havendo ainda uma parcela respeitante à manutenção e uma outra com base no tráfego futuro efectivo (medido em número de comboios).

Importa ainda referir que foi iniciado há já alguns meses um processo conjunto de análise técnica e financeira com o Banco Europeu de Investimento, tendo em vista um forte envolvimento desta entidade neste projecto, com os benefícios que daí poderão advir para o Estado português, considerando as condições financeiras normalmente mais competitivas praticadas por aquela entidade.

Avaliação de Impacte Ambiental

Com a emissão da Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável no sub-troço Lisboa-Moita a 23 de Fevereiro, foi concluída a avaliação de impacte ambiental das infra-estruturas ferroviárias entre Lisboa e o Poceirão.

Na sequência dos estudos realizados e de uma avaliação do território atravessado, as soluções de traçado correspondem às melhores alternativas, que minimizam afectações urbanas, patrimoniais e agrícolas e que convivem de forma satisfatória com os valores naturais.

A emissão da DIA será complementada pela integração, no projecto de execução, em fase de obra e em fase de exploração, de um conjunto de medidas de minimização e de programas de monitorização, bem como de coordenação com os planos autárquicos.

Câmara de Évora aprova construção da Escola EB1/JI dos Canaviais

31.03.09 | barak

A Câmara Municipal de Évora decidiu dar sequência a um "compromisso assumido" que levará ao início da construção da Escola EB1 e Jardim-de-Infância dos Canaviais. A autarquia aprovou a adjudicação da empreitada para construção da escola na freguesia dos Canaviais. Esta decisão foi considerada por unanimidade como "urgente dada a manifesta carência deste equipamento para satisfazer as necessidades da população desta freguesia".

Best Travel abre agência em Évora

31.03.09 | barak

A Rede de agências de viagens Best Travel abriu um nova agência de viagens em Évora. A Best Travel Évora está situada na Quinta do Moniz – Rua Marechal Costa Gomes, Loja 14.

A nova agência de viagens Best Travel é liderada por Maria Fialho, com o apoio do Consultor de Viagens, Luís Rosado.

 

A semana de abertura da nova agência coincide com o lançamento de uma campanha de vendas antecipada para as férias de Verão de 2009 da rede de agências Best Travel, intitulada “Preços Escandalosamente Baixos!”.

 

Destinos como o Brasil, República Dominicana, Cabo Verde, Tenerife, Madeira, Itália, Croácia, Cruzeiro no Atlântico e Eurodisney são uma pequena amostra das propostas que a Best Travel propõe no folheto promocional, válido para reservas de 2 a 14 de Abril.

 

Os contactos da Best Travel Évora são:

Quinta do Moniz – Rua Marechal Costa Gomes, Loja 14

7005-145 Évora

Tel: 266 771 477

Fax: 266 771 478

E-mail: evora@besttravel.pt

Évora recebe voos nocturnos

31.03.09 | barak

O Aeródromo Municipal de Évora está preparado para, num espaço de poucas semanas, começar a receber voos nocturnos e alargar o seu período de funcionamento. O novo sistema de iluminação, orçado em 1,5 milhões de euros, já está devidamente certificado, ficando a entrada em funcionamento dependente apenas do acerto de detalhes técnicos com o Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC).



 

'Esta mais-valia significa um aumento da nossa operacionalidade. Esperamos que nas próximas semanas se comece a operar à noite, logo que sejam esclarecidos com o INAC pormenores em relação às horas de voo nocturnas, ao aumento de tráfego e meios necessários para o total funcionamento', disse ao CM o comandante Lima Bastos, director do Aeródromo de Évora, considerado em 2008 como o melhor do País.

As novidades serão também aproveitadas pela Academia Aeronáutica da cidade, onde os futuros pilotos poderão treinar o voo nocturno, algo que até agora tinha que acontecer em Espanha, ou noutras infra-estruturas longe de Évora.

A iluminação nocturna está englobada no Plano Estratégico de Desenvolvimento do Aeródromo de Évora, que prevê ainda um alargamento e reforço da pista. A instalação de um novo sistema de apoio à navegação e um carro de combate a incêndios foram os outros reforços resultantes desta intervenção.

EMBRAER FICARÁ JUNTO AO AERÓDROMO

Um dos motivos que leva ao investimento no Aeródromo de Évora é a eminente criação de um ‘cluster’ aeronáutico na região. A fábrica de componentes de aviões da Embraer – prevista para as imediações da infra-estrutura eborense – é considerada um dos mais importantes investimentos a médio prazo. A garantia da criação desse ‘cluster’ foi deixada na semana passada pela Agência Portuguesa para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, num encontro com a administração da empresa brasileira em Lisboa. O investimento em duas unidades, no valor de 148 milhões de euros, foi assim confirmado pela fabricante de aviões, apesar da conjuntura internacional de crise. 

Crise ameaça facas com fama internacional

30.03.09 | barak

As facas Franzina, fabricadas em Azaruja, no concelho de Évora, têm quase um século de existência e a sua fama chega além fronteiras, incluindo os Estados Unidos, mas a crise está a provocar um "corte" nas vendas.

"Há crise em tudo, tudo se vende mal e as facas não são excepção", lamenta à agência Lusa Francisco Figueiredo, de 65 anos, sócio da empresa familiar Joaquim André Silva Franzina, Herdeiros Lda.

A pequena fábrica de cutelaria, que vai na terceira geração e emprega sete pessoas - há anos ter chegou a contar com vinte e duas - faz "nascer" diariamente "cerca de 500" facas, que agora "estão a sobrar" porque "há muita falta de poder de compra".

"Até podíamos vender mais, mas se nos descuidamos não recebemos. Abalam as facas e não vem o dinheiro", desabafa Francisco.

Com cabo em madeira de oliveira e lâmina de aço inoxidável, importado da Áustria, as facas Joaquim Franzina são conhecidas em todo o país. Supermercados, drogarias e vendedores ambulantes são clientes habituais das "verdadeiras" facas corticeiras, como não se cansa de realçar o sócio da empresa, que critica as "imitações" da concorrência e recorda a origem das suas peças no sector da cortiça.

"O avô da minha mulher, André Franzina, trabalhava na cortiça e lembrou-se de aproveitar as lâminas, já gastas, com que cortava esse material para fazer umas facas de cozinha, primeiro só para gasto da casa e para os vizinhos", conta.

A fama desta cutelaria "made in" Azaruja levou a que, especialmente nos anos 80, muitas facas Franzina tenham sido exportadas para os Estados Unidos, Holanda ou Itália.

As exportações actuais destinam-se a Espanha, sobretudo para a indústria corticeira, que fornece aos trabalhadores facas para cortar uma face da cortiça, para atestar a sua qualidade depois de cozida, embora também aqui haja "mossa" nas vendas: "O sector está em crise...".

Sem férias "há uns poucos de anos", para poder "servir os clientes" em qualquer dia ou hora, Francisco aguarda agora com expectativa pelo Verão, para ver se o negócio ganha outro fôlego. "Estamos tão pessimistas, mas se chegar o fim deste Verão e despejarmos tudo, se calhar aguentamos outro ano ou mais", diz, recusando-se a aceitar que o negócio de três gerações leve a "facada" final em tempo de crise.

Évora: Aeródromo Municipal equipado com sistema de iluminação nocturna

30.03.09 | barak

.thumb_aerodromo.jpgO Aeródromo Municipal de Évora vai passar a operar à noite, depois de instalado um sistema de iluminação nocturna. O presidente da Câmara de Évora, José Ernesto Oliveira, explicou que a instalação do sistema de iluminação, depois de devidamente certificado, vai permitir voos nocturnos no aeródromo, localizado na periferia da cidade. Esta intervenção está englobada no Plano Estratégico de Desenvolvimento do Aeródromo de Évora, que prevê um investimento global de quatro de milhões de euros, tendo a primeira fase ficado agora concluída, depois de investidos 1,5 milhões de euros. A instalação de um sistema de apoio à navegação aérea e de um grupo gerador, que entra automaticamente em funcionamento quando faltar a electricidade, foram outras das intervenções concretizadas na primeira fase. Além disso, um carro de combate a incêndios, oferecido pelo Aeroporto de Lisboa, e um novo parque de estacionamento e bar são outras das novidades da infra-estrutura aeronáutica. Segundo o autarca alentejano, as intervenções “visam dotar o aeródromo de melhores condições de segurança para os operadores e mais conforto para o público e visitantes”. “É mais um passo que se dá na concretização do aeródromo como um dos equipamentos estratégicos e importantes para a valorização da nossa cidade”, afirmou José Ernesto Oliveira. Lembrando que “o aeródromo de Évora foi considerado, no ano passado, como o melhor do país”, o presidente do município afirmou que o objectivo é “continuar a ter essa distinção”. De acordo com o autarca, para o próximo ano, está prevista uma nova fase do Plano Estratégico de Desenvolvimento do Aeródromo de Évora, que, entre outras intervenções, prevê o alargamento e reforço da pista.

Avioneta passou por Évora

30.03.09 | barak

A avioneta que supostamente transportava droga do Norte de África e que anteontem foi obrigada a aterrar por um caça F16 da Força Aérea numa pista particular de Vila Real de Santo António terá estado estacionada para manutenção no aeródromo de Évora. O piloto do Cessna 212 com registo espanhol continua a monte.

 

Segundo Lima Bastos, comandante do aeródromo, "é possível que tenha estado nas instalações, uma vez que muitas avionetas espanholas fazem aqui escala ou manutenção". Em Junho passado, a Guardia Civil desmantelou uma rede de 12 traficantes que utilizava avionetas para o tráfico. Algumas estacionavam em Évora.

«Dias Felizes» estreia quinta-feira em Évora

30.03.09 | barak

«Dias Felizes», do dramaturgo irlandês Samuel Beckett, é a nova peça do Centro Dramático de Évora (CENDREV), com estreia marcada para quinta-feira no centenário Teatro Garcia de Resende, em Évora, anunciou hoje a companhia teatral.

O espectáculo de estreia está marcado para as 21:30, ficando depois em cena no Garcia de Resende até dia 12.

Trata-se, segundo o CENDREV, de uma «estranha história de amor», em que Winnie é uma personagem que cria o seu presente a partir de fragmentos de uma existência anterior.

«Está a afundar-se na terra. No Acto I está enterrada até à cintura e passa o tempo entre a campainha que toca para acordar e a que toca para dormir», revela a companhia alentejana.

Winnie tenta envolver Willie, o seu companheiro, na conversa e evoca «memórias de uma vida anterior, em que a mobilidade era possível, contando histórias a si própria e remexendo nos seus objectos dentro do saco».

«O seu conflito interior reside no facto de o seu interlocutor lhe poder falhar e ter que passar a falar sozinha, coisa que não poderá suportar», explica o CENDREV.

Brandi Carlile de volta a Portugal

26.03.09 | barak
Brandi Carlile vai passar por Évora e Porto no próximo mês de Maio.

 
A cantora norte-americana vai estar na Arena de Évora a 2 de Maio e no Coliseu do Porto, no dia 4.

Este é o regresso da autora de 'The Story' a Portugal, depois da passagem pelo Festival do Sudoeste a pela Aula Magna em Lisboa, concerto que pode recordar aqui.

Os bilhetes são postos à venda esta sexta-feira (27). Para Évora os ingressos têm o preço único de 30 euros. No Porto, as entradas custam entre 30 e 32 euros.
 

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